O Carlos é um viajante fascinado com o lado mais simples da vida.
Nascido em Lisboa, a primeira grande viagem que se lembra é a de ir para Espanha, rumo ao apartamento da sua avó Basca, e deixar-se levar pelo cheiro a ovos estrelados, amor e pudim flã.

 

Começou a viajar pela Europa com o passe de interrail e tudo mudou num Verão, numa viagem de três meses à Índia e ao Nepal. O estudante de jornalismo fugiu da redacção de jornal para uma fábrica de salsichas Kosher num subúrbio londrino para amealhar dinheiro e viajar um ano na América Latina.

 

De seguida viveu e trabalhou durante dois anos como empregado de escritório numa montanha na Islândia no projecto hidroeléctrico de Kárahnjúkar, tendo feito entretanto longas viagens no sudeste asiático e Médio Oriente.

 

O grande salto deu-se com o projecto “Até onde vais com 1000 euros?” onde, com o amigo e viajante Jorge Vassalo, arrancou num bicicleta da loja do chinês de Lisboa até Dacar com mil euros no bolso. No regresso ganharam um prémio de melhor blog do ano, escreveram o livro da aventura e foram convidados para serem líderes de viagem, profissão que se dedica há 15 anos tendo levado grupos com a agência Nomad à América Central, Etiópia, Egito, Jordânia, Marrocos, e Cáucaso.

 

Em 2025 junta-se aos Trilhos da Terra com uma nova viagem – Togo e Benim.

 

A sua aventura mais emocionante foi dar a volta completa a África com o seu pai, um engenheiro reformado de 70 anos, que nunca tinha acampado e com o qual mantinha uma relação distante. Percorreram vinte e sete países durante um ano numa velhinha Renault 4L. A aventura resultou no livro “Nunca é tarde” e nela aprendeu a ser filho para poder, poucos anos depois, ser o pai do Mateus e do Simão.

 

Assentou raízes no Alentejo e divide o ofício de pai e líder aventura no estrangeiro com outras aventuras mais curtas em Portugal – caminhadas nos subúrbios de Lisboa e descidas em caiaque de vários dias no Tejo e Vouga.